Yansã e Xangô tiveram dois filhos gêmeos. Só que, quando eles ainda eram pequenos, houve uma epidemia que matou muitas crianças do povo, e um dos gémeos morreu. Os pais ficaram desesperados e Yansã, como é amiga dos Eguns, resolveu pedir sua ajuda.
Esculpiu um boneco de madeira igual ao filho que havia morrido, vestiu-o e enfeitou-o como se fosse para uma festa e colocou-o no lugar de honra da casa.
Todos os dias ela colocava uma oferenda aos pés da imagem e conversava com ela como se fosse seu filho vivo. Comovidos com seu amor pela criança, os Orixás fizeram a estátua viver e Yansã voltou a ter seus dois filhos.
Itan - domínio público
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
Orunmilá institui o Oráculo
Naquele tempo, não havia separação entre o Céu e a Terra. Foi quando Orunmilá teve oito filhos. O primeiro foi o rei de Ará, Alará. O segundo foi Ajeró, rei de Ijeró. O filho caçula foi Olouó, rei da cidade de Ouó.
Havia paz e fartura na Terra.
Numa importante ocasião, quando Orunmilá celebrava um ritual, mandou chamar todos os seus filhos. Vieram os sete primeiros filhos de Orunmilá. Eles lhes prestaram homenagens, ofereceram-lhe sacrifícios, prostaram-se a seus pés batendo palmas, prostraram-se batendo pão, disseram as palavras de respeito. Menos Olouó.
Ele veio mas não deitou aos pés do pai, não fez oferendas, não o homenageou como devia.
“Por que não demonstras respeito por teu pai?”, perguntou Orunmilá.
Olouó respondeu que seu pai tinha sandálias de precioso material, mas que ele também as tinha; que o pai usava roupas dos mais finos tecidos, mas que ele também as usava; que seu pai tinha cetro e tinha coroa e que ele os tinha também. Que um homem que usa uma coroa não deve se prostrar diante de outro, foi o que disse o filho ao pai.
Orunmilá se enfureceu, arrancou o cetro das mãos do filho e o atirou longe. Orunmilá retirou-se para o Orum, o Céu, e a desgraça de abateu sobre o Aiê, a Terra: fome, caos, peste e confusão. Parou de chover, plantas não cresciam e animais não procriavam, todos estavam em desespero. Os homens ofereceram a Orunmilá toda sorte de sacrifícios, todos os cantos. Orunmilá aceitou as oferendas, mas a paz entre o Céu e a Terra estava definitivamente rompida.
Os filhos de Orunmilá o procuraram no Orum e lhe pediram para retornar ao Aiê. Orunmilá entregou então a seus filhos dezesseis nozes de dendê e disse: “Quando tiverem problemas e desejarem falar comigo, consultem este Ifá”.
Orunmilá nunca mais veio ao Aiê, mas deixou o oráculo para que as pessoas possam recorrer a ele quando precisarem.Os filhos de Orunmilá eram assim chamados: Ocanrã, Ejioco, Ogundá, Irosum, Oxé, Obará, Odi, Ejiobê, Osá, Ofum, Ouorim, Ejila-Xeborá, Icá, Oturopon, Ofuncanrã e Iretê. São estes os nomes dos odus.
São estes os filhos de Orunmilá. Cada odu conhece um segredo diferente. Um fala do nascimento, outro da morte; Um fala de negócios, outro da fartura; Um fala de guerras, outro de perdas; Um fala de amizade, outro da traição; Um fala da família, outro da amizade; Um fala do destino, outro da sorte. Cada odu conhece um segredo diferente.
Desde então, quando alguém tem um problema, é o odu que indica o sacrifício apropriado. Orunmilá disse: “Quando tiverem problemas, consultem Ifá”. Orunmilá nunca mais veio ao Aiê, mas deixou o oráculo para que as pessoas possam recorrer a ele quando precisarem.
[ Lenda 253 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]

Olouó respondeu que seu pai tinha sandálias de precioso material, mas que ele também as tinha; que o pai usava roupas dos mais finos tecidos, mas que ele também as usava; que seu pai tinha cetro e tinha coroa e que ele os tinha também. Que um homem que usa uma coroa não deve se prostrar diante de outro, foi o que disse o filho ao pai.
Orunmilá se enfureceu, arrancou o cetro das mãos do filho e o atirou longe. Orunmilá retirou-se para o Orum, o Céu, e a desgraça de abateu sobre o Aiê, a Terra: fome, caos, peste e confusão. Parou de chover, plantas não cresciam e animais não procriavam, todos estavam em desespero. Os homens ofereceram a Orunmilá toda sorte de sacrifícios, todos os cantos. Orunmilá aceitou as oferendas, mas a paz entre o Céu e a Terra estava definitivamente rompida.
Os filhos de Orunmilá o procuraram no Orum e lhe pediram para retornar ao Aiê. Orunmilá entregou então a seus filhos dezesseis nozes de dendê e disse: “Quando tiverem problemas e desejarem falar comigo, consultem este Ifá”.
Orunmilá nunca mais veio ao Aiê, mas deixou o oráculo para que as pessoas possam recorrer a ele quando precisarem.Os filhos de Orunmilá eram assim chamados: Ocanrã, Ejioco, Ogundá, Irosum, Oxé, Obará, Odi, Ejiobê, Osá, Ofum, Ouorim, Ejila-Xeborá, Icá, Oturopon, Ofuncanrã e Iretê. São estes os nomes dos odus.
São estes os filhos de Orunmilá. Cada odu conhece um segredo diferente. Um fala do nascimento, outro da morte; Um fala de negócios, outro da fartura; Um fala de guerras, outro de perdas; Um fala de amizade, outro da traição; Um fala da família, outro da amizade; Um fala do destino, outro da sorte. Cada odu conhece um segredo diferente.
Desde então, quando alguém tem um problema, é o odu que indica o sacrifício apropriado. Orunmilá disse: “Quando tiverem problemas, consultem Ifá”. Orunmilá nunca mais veio ao Aiê, mas deixou o oráculo para que as pessoas possam recorrer a ele quando precisarem.
[ Lenda 253 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
Conheça um pouco sobre a Linha de Yorimá
A Linha de Yorimá é uma das sete vibrações básicas que compõem as sete linhas de Umbanda. É uma das poucas que nunca foi confundida com uma entidade individualizada, talvez porque seja muito pouco conhecida em sua designação original, tendo sempre sido mais difundida como Linha das Almas, Linha dos Pretos Velhos ou Linha de São Cipriano.
Da mesma forma, os Pretos Velhos nunca foram confundidos com divindades, sendo, por isso mesmo, das poucas entidades de Umbanda que sempre foram entendidas da forma como realmente são: espíritos mais evoluídos que nós, que se manifestam na Umbanda para fazer a caridade. A palavra “Yorimá” significa “Potência da Palavra na Lei”. Esse significado nos remete ao poder da verbalização, entendida não no sentido da linguagem articulada, mas no sentido da criação do pensamento, da construção dos conceitos que conduzem ao conhecimento profundo, tanto da realidade material, quanto da espiritual.
É uma alusão ao poder do conhecimento e da experiência no caminho que conduz de forma segura à evolução espiritual que todos almejamos, mesmo que não saibamos disso. Essa Vibração traz em suas ordenações o princípio da sabedoria produtora da iluminação interior que conduz à felicidade, por isso podemos dizer que na ordem dos fenômenos naturais que a vibração controla, vamos encontrar a psique humana que, embora não seja palpável, é também um fenômeno natural.
É por essa razão que gradativamente compreendemos que os Pretos Velhos são verdadeiros psicoterapeutas, entidades que, por sua vasta experiência adquirida através de um grande número de encarnações, são capazes de penetrar profundamente na alma humana, diagnosticar-lhe os males e receitar o medicamento correto. A Linha de Yorimá projeta sobre o planeta a paz, a serenidade, a humildade, a paciência, a resignação, a esperança e a temperança. Sua influência sobre os encarnados se dá através do Chakra Muladhara, ou Plexo Pélvico, cuja representação gráfica encontra-se à esquerda.
Na Umbanda, Yorimá é majoritariamente uma Linha de Pretos Velhos, mas presentemente já se sabe que os caboclos que se manifestam sob a designação Obaluaê também tem seu suporte vibratório nas emanações de Yorimá, o que a torna uma linha mista de Pretos Velhos e Caboclos. Aqui falaremos basicamente dos Pretos Velhos, visto que os Caboclos de Obaluaê terão uma matéria dedicada exclusivamente a eles.
Não se sabe quem é o dirigente máximo da linha, mas certamente não são os espíritos Cipriano, Lázaro ou Roque, alçados, na imaginação de muitos á condição de dirigentes máximos devido ao sincretismo. Se tais espíritos estiverem atuando na Corrente Astral de Umbanda, provavelmente estejam enfeixados na Vibração Yorimá, mas não há qualquer evidência segura de que algum deles esteja no comando de toda a linha. Isso, no fundo, não faz a menor diferença, porque independente de quem a comande, a linha demonstra nos trabalhos desses singelos trabalhadores que se apresentam cotidianamente nos terreiros, toda a sua grandeza e sua importância no contexto geral da Umbanda.
A Linha possui sete Chefes de Legião, subordinados diretamente ao dirigente máximo. São eles:
1- Pai Guiné
2- Pai Tomé
3- Pai Joaquim
4- Pai Benedito
5- Vovó Maria Conga
6- Pai Congo D’Aruanda
7- Pai Arruda
As legiões se dividem em falanges, as falanges se dividem em subfalanges e as subfalanges se dividem em grupamentos. Num trabalho de Umbanda, quando se canta para Yorimá, as entidades que se manifestam, incorporando nos médiuns são sempre Pretos Velhos que estão, geralmente, no grau de protetores - o que os coloca na condição de integrantes de grupamento - não são divindade, mas espíritos mais evoluídos que nós, porém ainda em processo de evolução e sujeitos à Lei da reencarnação, que vem dividir conosco um pouco de seu conhecimento acumulado, praticando a caridade moral, nos moldes como o Cristo a ensinou.
Esses Pretos velhos assumem nomes diversos e, a título de exemplificação, podemos citar os seguintes nomes:
Pai João, Pai José, Pai Antônio, Pai Ambrósio, Pai Joaquim de Angola, Pai Joaquim de Aruanda, Vovó Catarina, Vovó Antônia, Vovó Sebastiana, Vovó Maria, Vovó Benta, entre outros.
Os Pretos Velhos se manifestam de forma bem característica, encurvando a coluna do médium, de modo a dar a impressão de uma pessoa de idade muito avançada, traçam uma cruz no solo com os dedos, louvam a Jesus Cristo e acomodam-se em seus banquinhos. Em suas consultas, costumam falar e ouvir na mesma proporção, mas, quando falam, suas palavras demonstram sempre prudência e sabedoria. O linguajar é arrastado e marcado por expressões estereotipadas, lembrando o sotaque de um velho escravo. Aplicam passes de descarrego, de purificação e de revitalização, sempre utilizando a fumaça de seu cachimbo como elemento desmagnetizador.
Na essência, as entidades que trabalham nessa linha não necessariamente tiveram uma encarnação como escravos no Brasil, afinal Preto Velho é apenas um arquétipo; o que realmente importa é a sintonia com a vibração e a capacidade de trabalho.
Os instrumentos de culto utilizados pelos trabalhadores da linha de yorimá são basicamene a guia, confeccionada em contas de porcelana pretas e brancas intercaladas, o inseparável cachimbo, além do copo com água, para descarregar as energias negativas. Pode ser que alguma entidade em particular solicite algum outro instrumento, mas isso já se situa no campo da particularidade.
Pontos Cantados.
Os pontos cantados para a Linha de Yorimá tem, em geral, ritmo suave, agradável e bem marcado. As letras são, no mais das vezes, saudações, invocações e exortações aos trabalhadores da Linha, realçando a condição de ex-escravos, os horrores do cativeiro, a dor e a redenção.
extraído do site neumbanda.blogspot.com.br
É uma alusão ao poder do conhecimento e da experiência no caminho que conduz de forma segura à evolução espiritual que todos almejamos, mesmo que não saibamos disso. Essa Vibração traz em suas ordenações o princípio da sabedoria produtora da iluminação interior que conduz à felicidade, por isso podemos dizer que na ordem dos fenômenos naturais que a vibração controla, vamos encontrar a psique humana que, embora não seja palpável, é também um fenômeno natural.
É por essa razão que gradativamente compreendemos que os Pretos Velhos são verdadeiros psicoterapeutas, entidades que, por sua vasta experiência adquirida através de um grande número de encarnações, são capazes de penetrar profundamente na alma humana, diagnosticar-lhe os males e receitar o medicamento correto. A Linha de Yorimá projeta sobre o planeta a paz, a serenidade, a humildade, a paciência, a resignação, a esperança e a temperança. Sua influência sobre os encarnados se dá através do Chakra Muladhara, ou Plexo Pélvico, cuja representação gráfica encontra-se à esquerda.
Na Umbanda, Yorimá é majoritariamente uma Linha de Pretos Velhos, mas presentemente já se sabe que os caboclos que se manifestam sob a designação Obaluaê também tem seu suporte vibratório nas emanações de Yorimá, o que a torna uma linha mista de Pretos Velhos e Caboclos. Aqui falaremos basicamente dos Pretos Velhos, visto que os Caboclos de Obaluaê terão uma matéria dedicada exclusivamente a eles.
Não se sabe quem é o dirigente máximo da linha, mas certamente não são os espíritos Cipriano, Lázaro ou Roque, alçados, na imaginação de muitos á condição de dirigentes máximos devido ao sincretismo. Se tais espíritos estiverem atuando na Corrente Astral de Umbanda, provavelmente estejam enfeixados na Vibração Yorimá, mas não há qualquer evidência segura de que algum deles esteja no comando de toda a linha. Isso, no fundo, não faz a menor diferença, porque independente de quem a comande, a linha demonstra nos trabalhos desses singelos trabalhadores que se apresentam cotidianamente nos terreiros, toda a sua grandeza e sua importância no contexto geral da Umbanda.
A Linha possui sete Chefes de Legião, subordinados diretamente ao dirigente máximo. São eles:
1- Pai Guiné
2- Pai Tomé
3- Pai Joaquim
4- Pai Benedito
5- Vovó Maria Conga
6- Pai Congo D’Aruanda
7- Pai Arruda
As legiões se dividem em falanges, as falanges se dividem em subfalanges e as subfalanges se dividem em grupamentos. Num trabalho de Umbanda, quando se canta para Yorimá, as entidades que se manifestam, incorporando nos médiuns são sempre Pretos Velhos que estão, geralmente, no grau de protetores - o que os coloca na condição de integrantes de grupamento - não são divindade, mas espíritos mais evoluídos que nós, porém ainda em processo de evolução e sujeitos à Lei da reencarnação, que vem dividir conosco um pouco de seu conhecimento acumulado, praticando a caridade moral, nos moldes como o Cristo a ensinou.
Esses Pretos velhos assumem nomes diversos e, a título de exemplificação, podemos citar os seguintes nomes:
Pai João, Pai José, Pai Antônio, Pai Ambrósio, Pai Joaquim de Angola, Pai Joaquim de Aruanda, Vovó Catarina, Vovó Antônia, Vovó Sebastiana, Vovó Maria, Vovó Benta, entre outros.
Os Pretos Velhos se manifestam de forma bem característica, encurvando a coluna do médium, de modo a dar a impressão de uma pessoa de idade muito avançada, traçam uma cruz no solo com os dedos, louvam a Jesus Cristo e acomodam-se em seus banquinhos. Em suas consultas, costumam falar e ouvir na mesma proporção, mas, quando falam, suas palavras demonstram sempre prudência e sabedoria. O linguajar é arrastado e marcado por expressões estereotipadas, lembrando o sotaque de um velho escravo. Aplicam passes de descarrego, de purificação e de revitalização, sempre utilizando a fumaça de seu cachimbo como elemento desmagnetizador.
Na essência, as entidades que trabalham nessa linha não necessariamente tiveram uma encarnação como escravos no Brasil, afinal Preto Velho é apenas um arquétipo; o que realmente importa é a sintonia com a vibração e a capacidade de trabalho.
Os instrumentos de culto utilizados pelos trabalhadores da linha de yorimá são basicamene a guia, confeccionada em contas de porcelana pretas e brancas intercaladas, o inseparável cachimbo, além do copo com água, para descarregar as energias negativas. Pode ser que alguma entidade em particular solicite algum outro instrumento, mas isso já se situa no campo da particularidade.
Pontos Cantados.
Os pontos cantados para a Linha de Yorimá tem, em geral, ritmo suave, agradável e bem marcado. As letras são, no mais das vezes, saudações, invocações e exortações aos trabalhadores da Linha, realçando a condição de ex-escravos, os horrores do cativeiro, a dor e a redenção.
extraído do site neumbanda.blogspot.com.br
quarta-feira, 19 de agosto de 2015
Olorum kosi pure Pai Euclides Talabyan!!
sábado, 18 de julho de 2015
Médicos do espaço


Uma leitora alegou estranheza quanto ao que lhe pareceu, no texto, uma nossa sinalização equivocada e contraditória à Doutrina de Kardec, entendendo que atribuíamos erroneamente à intercessão dos bondosos médicos socorristas dos círculos do Dr. Bezerra a nossa cura. Argumentou que, se ainda não era a nossa hora de deixar o mundo, então a cura se dava só devido a isto, e não pela intervenção de qualquer médico desencarnado num contexto de derrogação inadmissível das leis da vida, obedientes aos programas delineados desde o nosso retorno à matéria para deixarmos o mundo num momento preciso, segundo as nossas necessidades evolutivas. Quis me parecer que, segundo este seu entendimento, o texto sugeria uma presunçosa reivindicação de privilégios ditados por um tipo de misericórdia divina que, por intermédio das falanges, nos concedia permanecermos indevidamente na vida física durante um tempo a mais, para além do que nos caberia, indo assim em contrário aos preceitos Kardecistas.
Vamos às exposições de molde a um esclarecimento preciso do que se pretendeu explicar no aludido artigo, não na intenção de se reivindicar presunçosamente direitos que viessem derrogar as leis regentes da nossa jornada evolutiva, mas, ao contrário, de se atestar e confirmar a magnificência dessas mesmas Leis, segundo a bondade divina identificada de forma inequívoca na interação entre nós, os reencarnados, e as incontáveis falanges do invisível nos momentos difíceis da nossa trajetória em que mais ostensivamente se fazem presentes, atestando-nos as maravilhas do amor incondicional que lhes orientam as iniciativas a nosso favor.
Já pude anteriormente narrar fato pitoresco acontecido dentro de um coletivo, quando regressava do trabalho profissional diário, e num dia especialmente desalentador, em que vi minhas iniciativas em prol das campanhas de final do ano do movimento espírita serem espezinhadas sem cerimônia por uma pessoa confessamente atéia. Recordo-me de ter dado entrada no ônibus cheio sem poder reprimir no íntimo o desgosto franco experimentado pelas palavras depreciativas que me foram dirigidas, ao fazer a coleta para o Natal das crianças especiais de conceituada Instituição espírita, quando, do nada, uma senhora idosa me convidou a sentar-se a seu lado, solicitando de um passageiro de pé que me indicasse o assento vago há pouco. Sentando-me, todavia sem nenhuma disposição para encetar nenhum tipo de diálogo, curiosamente a senhora, ao contrário, iniciou uma conversa forçosa que acabou por me atrair a atenção relutante, na medida em que, para minha surpresa, se pôs a relatar sobre a filha convalescente de moléstia que quase atingira o estágio terminal, não fosse o maravilhoso sucedido, que ainda uma vez vinha para atestar a presença inequívoca de médicos a mais, para além dos facultativos reencarnados ao serviço da medicina, na atuação que lhe resgatara a saúde da filha agora convalescente.
Expondo sucintamente, para a riqueza de detalhes com que me descreveu o ocorrido, contou que a filha vinha sendo medicada segundo determinadas diretrizes sempre constantes da prancheta presa ao seu leito, observadas criteriosamente pelos serviços de enfermagem do hospital, sem efeitos significativos. A senhora, entusiasmada, relatava:
- Orei a Deus com fervor durante muitas noites para que fosse a minha filha encaminhada a um médico que lhe salvasse a vida; foi uma luta, e já a dava por perdida, até que há alguns dias, contrariando o quadro desanimador de até então, ela começou, aos poucos, a apresentar melhora, progressiva quanto inesperada! O que acontecia tomou de surpresa até os responsáveis mais diretos pelo seu tratamento. Até que alguém, por acaso, se decidiu, no momento de sua alta, a atentar para o receituário que religiosamente era aposto na prancheta ao pé da cama, pelo médico responsável pelo seu tratamento...
Pauseou, olhando-me de um modo estranho, o que atiçou que lhe rogasse o desfecho do interessante caso, ao que atendeu de boa mente, sorrindo-me, um brilho nos olhos maravilhado como o do olhar de uma criança.
- O médico, minha querida, como foi constatado, simplesmente não existia naquele hospital! Nem seu nome, assinado na prancheta, jamais constou do quadro de médicos do mesmo!
A conclusão era óbvia! A filha da senhora fora, em atendimento aos seus rogos angustiados, de fato encaminhada ao facultativo competente... do espaço! Talvez que camuflado dentre tantos no hospital imenso sem despertar suspeitas, de modo a promover-lhe a cura física com algum medicamento fluídico, aliado ao conveniente efeito físico de escrita no receituário - mas não, e certamente, em derrogação de qualquer Lei divina, ou roteiro delineado antes da reencarnação, a que se prendesse a personagem pelas malhas cármicas do seu passado evolutivo. E sim por se compatibilizar, este mesmo programa cármico, com a cura considerada milagrosa naquele momento. Não seria aquela a sua hora - ou talvez que o fosse, se submetida a um atendimento quiçá ineficiente, de vez que muitos são os casos em que, através do trabalho conjunto de Casas espíritas respeitáveis e suas falanges desencarnadas, vêem-se os recursos materiais de cura robustecidos pela intercessão benvinda dos métodos espirituais infinitamente superiores aos da ciência médica terrena.
O fato, amigos, é que existem regras perfeitas, mas não draconianas no que se relaciona ao delicado pormenor da atuação dos médicos do espaço em auxílio aos reencarnados. Não pode haver. E tanto fatos como dados existentes na própria literatura espírita de relevância o atestam. Compulsando Obreiros da Vida Eterna, de psicografia do incontestável Chico Xavier pelo espírito André Luiz - antes médico terreno, e hoje da invisibilidade, infinitamente aperfeiçoado na sua abrangência de ação e de conhecimentos a que se afiniza também a partir das esferas invisíveis - temos um caso peculiar (vide no livro Um Caso de Moratória Motivado por Uma Prece), onde a personagem, Albina, é autorizada a ter a sua desencarnação adiada em atendimento a uma prece, de vez que, encarnada, ainda poderia beneficiar a muitos, seareira do bem que era: "A prece, em qualquer ocasião, melhora, corrige, eleva e santifica. Mas somente quando estabelece modificação de roteiro, igual à de hoje, é que paira, acima das circunstâncias comuns, o interesse coletivo", aditou o Assistente, referindo-se à moratória concedida a Albina, que vigoraria por reduzido tempo, até que perdurasse a causa que a motivou. (Cap. 17, pp. 259 a 261)"
Estes casos, pois, ilustram o socorro da alma a mim dirigido naquela hora quanto a ação das falanges espirituais, segundo o que nos expõe a idônea doutrina espírita e em acordo com Jesus, nos seus muitos prodígios de cura.
"Onde dois ou mais estiverem em meu nome, lá Eu estarei".
Texto de Christina Nunes - extraído do site www.somostodosum.ig.com.br
domingo, 5 de julho de 2015
Aprendendo com os Caboclos....
Trechos de orientações do Caboclo Mirim, que assistia o Sr. Benjamim Figueiredo (Primado de Umbanda).
quinta-feira, 11 de junho de 2015
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