O artigo recente no qual relatei a vivência maravilhosa da intercessão da falange médica do Dr. Bezerra de Menezes a favor da recuperação a contento da nossa saúde, minha e de minha filha, no episódio da gripe suína, suscitou contatos de leitores, em decorrência do que nos cabe esclarecer alguns pontos talvez obscuros num primeiro momento aos não familiarizados com os assuntos relacionados à atuação dos médicos do invisível no socorro aos reencarnados.
Uma leitora alegou estranheza quanto ao que lhe pareceu, no texto, uma nossa sinalização equivocada e contraditória à Doutrina de Kardec, entendendo que atribuíamos erroneamente à intercessão dos bondosos médicos socorristas dos círculos do Dr. Bezerra a nossa cura. Argumentou que, se ainda não era a nossa hora de deixar o mundo, então a cura se dava só devido a isto, e não pela intervenção de qualquer médico desencarnado num contexto de derrogação inadmissível das leis da vida, obedientes aos programas delineados desde o nosso retorno à matéria para deixarmos o mundo num momento preciso, segundo as nossas necessidades evolutivas. Quis me parecer que, segundo este seu entendimento, o texto sugeria uma presunçosa reivindicação de privilégios ditados por um tipo de misericórdia divina que, por intermédio das falanges, nos concedia permanecermos indevidamente na vida física durante um tempo a mais, para além do que nos caberia, indo assim em contrário aos preceitos Kardecistas.
Vamos às exposições de molde a um esclarecimento preciso do que se pretendeu explicar no aludido artigo, não na intenção de se reivindicar presunçosamente direitos que viessem derrogar as leis regentes da nossa jornada evolutiva, mas, ao contrário, de se atestar e confirmar a magnificência dessas mesmas Leis, segundo a bondade divina identificada de forma inequívoca na interação entre nós, os reencarnados, e as incontáveis falanges do invisível nos momentos difíceis da nossa trajetória em que mais ostensivamente se fazem presentes, atestando-nos as maravilhas do amor incondicional que lhes orientam as iniciativas a nosso favor.
Já pude anteriormente narrar fato pitoresco acontecido dentro de um coletivo, quando regressava do trabalho profissional diário, e num dia especialmente desalentador, em que vi minhas iniciativas em prol das campanhas de final do ano do movimento espírita serem espezinhadas sem cerimônia por uma pessoa confessamente atéia. Recordo-me de ter dado entrada no ônibus cheio sem poder reprimir no íntimo o desgosto franco experimentado pelas palavras depreciativas que me foram dirigidas, ao fazer a coleta para o Natal das crianças especiais de conceituada Instituição espírita, quando, do nada, uma senhora idosa me convidou a sentar-se a seu lado, solicitando de um passageiro de pé que me indicasse o assento vago há pouco. Sentando-me, todavia sem nenhuma disposição para encetar nenhum tipo de diálogo, curiosamente a senhora, ao contrário, iniciou uma conversa forçosa que acabou por me atrair a atenção relutante, na medida em que, para minha surpresa, se pôs a relatar sobre a filha convalescente de moléstia que quase atingira o estágio terminal, não fosse o maravilhoso sucedido, que ainda uma vez vinha para atestar a presença inequívoca de médicos a mais, para além dos facultativos reencarnados ao serviço da medicina, na atuação que lhe resgatara a saúde da filha agora convalescente.
Expondo sucintamente, para a riqueza de detalhes com que me descreveu o ocorrido, contou que a filha vinha sendo medicada segundo determinadas diretrizes sempre constantes da prancheta presa ao seu leito, observadas criteriosamente pelos serviços de enfermagem do hospital, sem efeitos significativos. A senhora, entusiasmada, relatava:
- Orei a Deus com fervor durante muitas noites para que fosse a minha filha encaminhada a um médico que lhe salvasse a vida; foi uma luta, e já a dava por perdida, até que há alguns dias, contrariando o quadro desanimador de até então, ela começou, aos poucos, a apresentar melhora, progressiva quanto inesperada! O que acontecia tomou de surpresa até os responsáveis mais diretos pelo seu tratamento. Até que alguém, por acaso, se decidiu, no momento de sua alta, a atentar para o receituário que religiosamente era aposto na prancheta ao pé da cama, pelo médico responsável pelo seu tratamento...
Pauseou, olhando-me de um modo estranho, o que atiçou que lhe rogasse o desfecho do interessante caso, ao que atendeu de boa mente, sorrindo-me, um brilho nos olhos maravilhado como o do olhar de uma criança.
- O médico, minha querida, como foi constatado, simplesmente não existia naquele hospital! Nem seu nome, assinado na prancheta, jamais constou do quadro de médicos do mesmo!
A conclusão era óbvia! A filha da senhora fora, em atendimento aos seus rogos angustiados, de fato encaminhada ao facultativo competente... do espaço! Talvez que camuflado dentre tantos no hospital imenso sem despertar suspeitas, de modo a promover-lhe a cura física com algum medicamento fluídico, aliado ao conveniente efeito físico de escrita no receituário - mas não, e certamente, em derrogação de qualquer Lei divina, ou roteiro delineado antes da reencarnação, a que se prendesse a personagem pelas malhas cármicas do seu passado evolutivo. E sim por se compatibilizar, este mesmo programa cármico, com a cura considerada milagrosa naquele momento. Não seria aquela a sua hora - ou talvez que o fosse, se submetida a um atendimento quiçá ineficiente, de vez que muitos são os casos em que, através do trabalho conjunto de Casas espíritas respeitáveis e suas falanges desencarnadas, vêem-se os recursos materiais de cura robustecidos pela intercessão benvinda dos métodos espirituais infinitamente superiores aos da ciência médica terrena.
O fato, amigos, é que existem regras perfeitas, mas não draconianas no que se relaciona ao delicado pormenor da atuação dos médicos do espaço em auxílio aos reencarnados. Não pode haver. E tanto fatos como dados existentes na própria literatura espírita de relevância o atestam. Compulsando Obreiros da Vida Eterna, de psicografia do incontestável Chico Xavier pelo espírito André Luiz - antes médico terreno, e hoje da invisibilidade, infinitamente aperfeiçoado na sua abrangência de ação e de conhecimentos a que se afiniza também a partir das esferas invisíveis - temos um caso peculiar (vide no livro Um Caso de Moratória Motivado por Uma Prece), onde a personagem, Albina, é autorizada a ter a sua desencarnação adiada em atendimento a uma prece, de vez que, encarnada, ainda poderia beneficiar a muitos, seareira do bem que era: "A prece, em qualquer ocasião, melhora, corrige, eleva e santifica. Mas somente quando estabelece modificação de roteiro, igual à de hoje, é que paira, acima das circunstâncias comuns, o interesse coletivo", aditou o Assistente, referindo-se à moratória concedida a Albina, que vigoraria por reduzido tempo, até que perdurasse a causa que a motivou. (Cap. 17, pp. 259 a 261)"
Estes casos, pois, ilustram o socorro da alma a mim dirigido naquela hora quanto a ação das falanges espirituais, segundo o que nos expõe a idônea doutrina espírita e em acordo com Jesus, nos seus muitos prodígios de cura.
"Onde dois ou mais estiverem em meu nome, lá Eu estarei".
Texto de Christina Nunes - extraído do site www.somostodosum.ig.com.br
sábado, 18 de julho de 2015
domingo, 5 de julho de 2015
Aprendendo com os Caboclos....
Trechos de orientações do Caboclo Mirim, que assistia o Sr. Benjamim Figueiredo (Primado de Umbanda).
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